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5 Estratégias para controlar a exposição à Vibração de Corpo Inteiro

Mulher em uma indústria usa capacete de proteção e colete sinalizador, os protetores auditivos estão pendurados no pescoço e ela segura um dispositivo. 

5 Estratégias para controlar a exposição à Vibração de Corpo Inteiro

No dia a dia profissional, muitos fatores podem influenciar diretamente no bem-estar do colaborador, e a vibração de corpo inteiro é um deles. Apesar de parecer inofensiva, a força vibratória aplicada ao corpo pode provocar grandes problemas! 

É preciso que essa intensidade seja mensurada e avaliada quantitativamente para que possam ser tomadas medidas estratégicas de combate aos malefícios desse impacto físico e mecânico. 

A seguir, entenda mais sobre a vibração de corpo inteiro e como controlá-la!

O que é a Vibração de Corpo Inteiro?

A vibração ocupacional ocorre quando, durante a atividade de trabalho, o funcionário é exposto a tremores mecânicos provenientes de seus instrumentos de trabalho ou do exercício da sua atividade, fazendo com que o corpo absorva ou repita as ondas. 

Essa vibração pode acometer somente os membros superiores, os quais utilizam ferramentas ou entram em contato direto com o objeto de trabalho, sendo chamada de vibração de mãos e braços. Ela tende a ser mais branda e menos impactante para o corpo. 

Já a vibração que envolve todo o corpo se dá durante o uso, prioritariamente, de maquinários de força motriz própria, como empilhadeiras, veículos grandes e máquinas pesadas. 

Nesses casos, o corpo sofre um fenômeno conhecido como ressonância, no qual ele amplifica o tremor e passa a reproduzir a vibração que recebe de outro objeto. No geral, o maior perigo se concentra em baixas frequências, de 1 a 80 hertz. 

Quais são os malefícios da Vibração para o Corpo?

As consequências da vibração mecânica para o corpo dependerão de quatro fatores específicos: 

  • Ponto de foco da vibração;
  • Aceleração; 
  • Frequência;
  • Duração. 

Todos esses elementos irão influenciar no impacto da vibração na saúde do trabalhador. Alguns dos malefícios incluem:

Comprometimento Físico

Dores no corpo, dores musculares, doenças ósseas degenerativas e problemas de locomoção caracterizam alguns dos comprometimentos físicos mais comuns gerados pela vibração de corpo inteiro. 

A longo prazo, eles podem afetar significativamente a saúde e gerar afastamentos da atividade.

Comprometimento Gástrico 

Apesar de parecer pouco desconexo, a vibração também pode trazer problemas gástricos para o trabalhador, como enjôos e dores de estômago. 

Porém, devido ao estresse excessivo causado pela exposição, o funcionário também está sujeito à gastrite e úlceras.

Comprometimento Nervoso

Vibrações intensas por longos períodos podem, inclusive, danificar o sistema nervoso do trabalhador e fazer com que ele tenha funções neurais comprometidas. 

Dessa forma, é comum a ocorrência de perda de equilíbrio, visão turva, comprometimento de reflexos e falta de concentração. 

Comprometimento Cardiovascular

O coração também pode sofrer com as vibrações intensas do corpo, podendo gerar um aumento de frequência cardíaca e, até mesmo, o aparecimento da Síndrome de Raynaud. 

Quais são os limites da exposição à Vibração de Corpo Inteiro?

Os limites de vibração aos quais os trabalhadores podem ser expostos estão inscritos no Anexo Nº 8 da Norma Regulamentadora Nº 15 (NR-15), e são baseados na Norma de Higiene Ocupacional, NHO-09, da Fundacentro. 

De acordo com essa regulamentação, o limite de exposição ocupacional diária de vibração de corpo inteiro é 1,1 m/s² de aren e de 21 m/s elevado a 1,75 de VDVR. 

A Aren (Aceleração Resultante de Exposição Normalizada) pode ser usada para comparar o impacto da vibração em diferentes jornadas de trabalho. Enquanto o VDVR (Valor da Dose de Vibração Resultante) é mais presente em casos de choques e solavancos ocorridos durante a atividade.

Como é feita a Avaliação desse tipo de Vibração?

Apesar de haver métricas que devem ser obtidas, a avaliação da vibração de corpo inteiro deve ser feita com o auxílio de diversas análises e ferramentas. 

Além da medição direta da frequência dos objetos de trabalho, é possível utilizar com complemento:

Inspeção de Segurança do Trabalho 

Os técnicos e auxiliares de saúde e segurança do trabalho devem avaliar e inspecionar a atividade, de modo a classificá-la e julgar se está dentro dos padrões de segurança ou não. Isso servirá de base para a análise de vibração também. 

Análise Estatística dos Números

Ao final de uma visita, os números coletados podem ser divididos para que seja realizada uma amostragem e uma análise mais assertiva do parâmetro geral de empresa. 

Assim, a decisão de concordância ou não com o limite legal terá embasamento numérico e de pesquisa. 

Coleta de Dados com os Colaboradores

Conversar com quem está exposto aos riscos e vibrações é fundamental para uma análise de campo. Dessa forma, é possível detectar problemas diversos, descontentamentos e denúncias por parte dos trabalhadores. 

Também cabe a eles relatar se os EPIs oferecidos garantem boa segurança e confiança para o exercício da profissão. 

Avaliação da Atividade Durante o Trabalho 

O técnico e especialista que irá conferir o grau de vibração da atividade também pode usar como base a jornada de trabalho e as atividades exercidas durante esse período. 

A frequência de exposição é um fator de grande influência, assim como as atividades excessivamente repetitivas. 

É importante ressaltar que toda essa análise deve ser feita por um profissional da segurança do trabalho e é de caráter obrigatório, estabelecido pela ISO 2631 para vibrações de corpo inteiro. 

5 Estratégias para controlar a exposição à Vibração 

Apesar de parecer inevitável, existem algumas medidas que podem ser tomadas para controlar a exposição aos riscos da vibração do corpo e diminuir os impactos para a saúde. 

Confira!

1. Treinamento para Uso Correto do Maquinário

É importante que o colaborador saiba manusear corretamente o seu equipamento de trabalho para que, dessa forma, ele possa diminuir os impactos causados pela vibração associada ao mau uso. 

Por isso, toda empresa que apresenta esse risco deve oferecer treinamento adequado ao funcionário.

2. Uso de EPI

Luvas antivibração, equipamentos de absorção de impacto e outras ferramentas podem ser utilizadas com EPI em casos como este. 

É interessante oferecer o máximo de apoio possível para que o profissional se sinta seguro e à vontade em exercer sua função. 

3. Manutenção Recorrente de Equipamentos

Não se esqueça de revisar sempre os equipamentos de trabalho dos seus funcionários e garantir que estejam funcionando adequadamente. Assim, você estará garantindo maior segurança e bem-estar a ele. 

4. Avaliação Ocupacional Periódica

Acompanhe a situação de saúde do seu colaborador periodicamente e certifique-se de que ele não sofrerá grandes consequências no decorrer da atividade ocupacional. 

Afinal, cuidar de um funcionário também é um meio de cuidar da empresa.

5. Avaliação de Risco 

Para terminar, submeta sua empresa a avaliação de riscos e medição de parâmetros regularmente, a fim de manter as obrigações com segurança e saúde do trabalho em dia, garantindo um ambiente saudável para os seus funcionários. 

Conte com os serviços da Previna Saúde Ocupacional e evite transtornos!

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