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Entenda o que é EPI e por que é indispensável no trabalho

o que é EPI

Entenda o que é EPI e por que é indispensável no trabalho

EPI é a sigla para Equipamentos de Proteção Individual, regulamentados pela NR-6 de define a categoria dessa forma:

“Considera-se equipamentos de proteção individual qualquer dispositivo ou produto para uso individual do trabalhador e que seja destinado para a sua proteção e diminuição dos riscos e ameaças à saúde e segurança do trabalho.”

No entanto, para que o EPI seja considerado válido, é necessário que ele possua o Certificado de Aprovação (CA).

Este é um documento que assegura que o equipamento de proteção individual foi fabricado seguindo as normas de segurança da legislação vigente.

Todavia, o uso de EPIs nas empresas é obrigatório e o descumprimento da lei é passível de multas e sanções.

Sendo assim, o principal objetivo do EPI é promover a segurança e saúde física do trabalhador em situações que envolvam riscos.

Portanto, os equipamentos de proteção individual são uma das medidas protetivas mais importantes contra os acidentes de trabalho.

Qual a importância do uso de EPIs

Embora sejam obrigatórios no país, nem sempre o uso dos equipamentos de proteção individual são cumpridos no Brasil, razão pela qual ainda acontecem muitos acidentes de trabalho por aqui.

Neste caso, a Norma Reguladora 6 regulamenta o uso de EPIs nas empresas, sendo obrigatório em toda organização que possuir funcionários CLT que realizam atividades de risco ou em ambientes perigosos.

Com relação a função do equipamento de proteção individual, ela é uma só: oferecer proteção e segurança à integridade física dos trabalhadores durante a execução desses trabalhos.

No entanto, os EPIs são a última etapa a ser cumprida pelas empresas, pois as primeiras dizem respeito à adoção de medidas de controle de risco.

Dessa forma, as medidas de Controle de Risco são implantadas para deixar o ambiente mais seguro e contribuir para que o risco de acidentes seja próximo a zero.

Obrigações das empresas 

A empresa é obrigada a fornecer ao trabalhador de forma gratuita os equipamentos de proteção individual.

Logo, estes devem ser novos e estarem em perfeito estado de funcionamento e conservação.

Além disso, é fundamental que os colaboradores recebam  treinamento e adquiram familiaridade com os equipamentos.

Afinal, a lei deve ser cumprida corretamente e de nada adianta o trabalhador usar o equipamento de proteção de forma errada ou apenas para mascarar o uso.

Dessa forma, a segurança do trabalho deve ser garantida tanto pela empresa quanto pelos trabalhadores, que não podem se negar a usar os equipamentos de proteção individual.

Nesse sentido, veja a seguir quais são as responsabilidades da empresa no que diz respeito ao uso dos equipamentos de proteção individual: 

Obrigações do Empregador 

  • Fornecer o EPI adequado para cada tipo de atividade exercida;
  • Exigir o uso;
  • O equipamento deve ser aprovado por órgão nacional competente;
  • Treinar o trabalhador e fornecer informações sobre uso adequado, conservação e manutenção;
  • Garantir a substituição do EPI em caso de quebra ou danos no funcionamento;
  • Garantir a higienização e manutenção periódica do EPI;
  • Informar o MTE sobre qualquer irregularidade no equipamento;
  • Registrar o fornecimento dos equipamentos ao trabalhador na forma de livros, fichas ou sistemas eletrônicos.

Responsabilidades do Trabalhador 

Não é só a empresa que apresenta obrigações frente aos EPIs, o trabalhador também deve ter algumas responsabilidades como:

  • Utilizar o EPI em todas as atividades que exerçam risco;
  • Garantir a conservação e guarda correta de cada equipamento;
  • Informar o empregador quando algum equipamento tornou-se impróprio para uso;
  • Utilizar o EPI de forma adequada.

Responsabilidades dos Fabricantes e Importadores de EPI 

Por fim, as empresas que fabricam equipamentos de proteção individual também possuem obrigações:

  • Cadastrar-se no órgão nacional competente que dita as normas de segurança e saúde no trabalho;
  • Solicitar a emissão do CA; 
  • Solicitar a renovação do CA, sempre que estiver vencido o prazo de validade estipulado pelo órgão nacional competente;
  • Requerer novo CA quando ocorrer qualquer alteração nas especificações do equipamento aprovado;
  • Responsabilizar-se pela qualidade do EPI que deu origem ao Certificado de Aprovação – CA;
  • Comercializar ou colocar à venda somente EPIs que sejam portadores do CA;
  • Comunicar quaisquer alterações dos dados cadastrais fornecidos;
  • Vender o EPI com instruções técnicas no idioma nacional, com devidas orientações para a utilização, manutenção, restrição e demais referências quanto ao uso;
  • Fornecer o número do lote de fabricação do EPI;
  • Avaliar a conformidade do EPI no âmbito do SINMETRO, quando for necessário;
  • Prestar informações referentes aos processos de limpeza e higienização do EPI;
  • Indicar, quando for o caso, sobre o número de higienizações pelo qual é necessário proceder a revisão ou a substituição do equipamento;
  • Garantir que os mesmos mantenham as características de proteção do equipamento original;
  •  Adaptar o EPI frente ao detentor do Certificado de Aprovação para pessoas com deficiência. 

Principais EPIs

A lista completa dos EPIs existentes no mercado pode ser consultada através do anexo I da NR-6.

No entanto, veja exemplos dos principais equipamentos de proteção individual: 

  1. EPI de Proteção da Cabeça: Capacete de Segurança, capuz, balaclava;
  2. Proteção dos olhos e face: Óculos de segurança, máscara de solda;
  3. Proteção dos ouvidos: auriculares, protetores auditivos;
  4. Proteção Respiratória: Máscara Respiratória, Respirador;
  5. Proteção do Tronco: Aventais, Jalecos e outras vestimentas;
  6. Proteção de Membros Superiores: mangas, luvas de segurança, braçadeiras;
  7. Proteção de Membros Inferiores: calçados de segurança, meia, calça;
  8. Proteção do Corpo Inteiro: macacão; roupa térmica, roupas isolantes.
  9. Proteção Contra Quedas: cinturão de segurança.

Conclusão

O uso de equipamentos de proteção individual proporciona muito mais que segurança para os trabalhadores.

Eles evitam acidentes, aumentam a produtividade e ainda impedem que multas e sanções sejam aplicadas nas empresas.

Sendo assim, melhoram a qualidade ocupacional e reduzem custos com assistência e reabilitação.

Todos esses quesitos contribuem para que a equipe da empresa desenvolva suas atividades com tranquilidade e sem riscos.

Embora o Brasil não seja um bom exemplo de modelo, é fácil encontrar exemplos de empresas bem sucedidas que respeitam os trabalhadores, fornecendo todos os EPIs necessários para as atividades.  

Portanto, além de uma obrigação, o uso de equipamentos de proteção individual facilita o funcionamento e operacionalização das atividades de qualquer negócio.

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