Será que você, enquanto gestor, sabe, de fato, o que são riscos ergonômicos e o quanto eles são capazes de comprometer a integridade física e mental do seu time e, consequentemente, o seu negócio?
Embora alguns dos principais problemas, como levantamento de peso, postura inadequada e repetitividade sejam bastante comentados, ainda existem muitas questões que precisam ser tratadas com atenção.
Quer saber mais?
Então continue a leitura deste conteúdo até o final e descubra como evitar muitos tipos de prejuízo conhecendo as maneiras mais eficazes de mitigar os riscos ergonômicos!
Você sabe o que são riscos ergonômicos?
De acordo com a Organização Mundial do Trabalho, ergonomia é a junção das ciências biológicas com a engenharia que tem como objetivo ajustar o local às necessidades do colaborador, garantindo segurança e bem-estar no trabalho.
Assim sendo, os riscos ergonômicos surgem quando as condições laborais são inadequadas, trazendo prejuízos à saúde do trabalhador.
Como os riscos ergonômicos podem ser identificados?
Para que não haja dúvida quanto às situações que podem ser caracterizadas como riscos ergonômicos, foi desenvolvida a Análise Ergonômica do Trabalho (AET).
O intuito do documento é analisar e avaliar os equipamentos e postos de trabalho da empresa, a fim de verificar se estão em condições adequadas para proporcionar aos trabalhadores o nível esperado de conforto físico e mental.
Responsáveis por assinar a AET, os profissionais com conhecimento de ergonomia — como um médico do trabalho ou fisioterapeuta — recebem a ajuda da CIPA para identificar os riscos ergonômicos.
Conheça os 5 principais riscos ergonômicos
Agora que você já sabe o que são riscos ergonômicos e viu como eles podem ser identificados, é hora de descobrir quais deles são considerados os principais.
Confira a seguir:
1. Repetitividade
Os movimentos repetitivos são, sem dúvida, um dos maiores problemas ergonômicos presentes nas empresas. Responsáveis por comprometer o sistema musculoesquelético, podem causar lesões e inflamações, como:
- Tendinites;
- Bursites;
- Lombalgias;
- Dores crônicas na coluna.
Classificadas como LER — Lesões por Esforço Repetitivo — e DORT — Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho —, tais contusões trazem graves consequências para a qualidade de vida do profissional.
2. Postura inadequada
Outra categoria de riscos ergonômicos bastante conhecida diz respeito à postura incorreta, a qual pode dar origem a lesões, fadiga e enfraquecimento de algumas regiões do corpo.
Em geral, as partes mais prejudicadas são ombros, pulsos, coluna e lombar. Não raro, vemos o problema desencadear o comprometimento do sistema osteomuscular, levando ao surgimento de LER/DORT.
Para evitar esses riscos, é fundamental, por exemplo, para quem trabalha sentado, contar com uma cadeira que dê total sustentação à coluna, garantindo que as pernas façam um ângulo de 90º, os pés se apoiem no chão e os cotovelos na mesa.
3. Jornadas exaustivas
No caso de jornadas de trabalho prolongadas, ou seja, quando o colaborador precisa trabalhar além do seu horário estabelecido no ato da contratação, isso representa um sério risco ergonômico.
Afinal de contas, o esforço mental e/ou físico demandado para exercer sua função estará excedendo o limite considerado normal. Dessa maneira, pode ocorrer fadiga, estresse, lesões e diversos outros tipos de distúrbios.
A longo prazo é possível, inclusive, que seja desencadeada a Síndrome de Burnout, também conhecida como esgotamento profissional.
Consequentemente, o rendimento do trabalhador diminui, uma vez que a motivação acaba afetada, bem como a capacidade de solucionar problemas e tomar decisões no dia a dia.
4. Cobrança excessiva
O conceito de risco ergonômico também está intimamente ligado aos ambientes de trabalho com controle exagerado e cobrança excessiva. Em outras palavras, isso gera uma carga psicológica exaustiva que pode comprometer a saúde.
Assim, gestores que estão constantemente monitorando, pressionando, causando irritação e desgaste emocional em seus colaboradores devem ficar atentos!
Isso porque, não será a cobrança excessiva por metas e resultados que dará resultado.
É preciso estratégia e, mais do que isso, criar um espaço seguro e confortável para que o profissional seja capaz de exercer seu potencial máximo, estando motivado e engajado para conseguir produzir e atingir metas realistas.
5. Levantamento de cargas
Por último, um dos maiores e mais conhecidos riscos ergonômicos está relacionado ao levantamento ou movimentação manual de cargas.
A atividade representa perigo para a saúde física do trabalhador, já que pode provocar lesões no sistema musculoesquelético se realizada de forma incorreta, constante ou excessiva.
Quando executados a longo prazo, os movimentos podem comprometer gravemente — e até irreversivelmente — a capacidade física do colaborador, levando-o, por exemplo, ao afastamento do seu cargo.
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Como eliminar ou mitigar os riscos ergonômicos?
Se você chegou até aqui, deve estar evidente que a falta de ergonomia é capaz de causar graves transtornos, tais como acidentes de trabalho, queda na produtividade e, é claro, doenças ocupacionais.
Não à toa, existe uma norma regulamentadora específica para tratar questões ergonômicas: a NR-17, tida como uma grande aliada da garantia de saúde e segurança no trabalho.
O principal intuito do documento é estabelecer diretrizes quanto à adaptação das condições laborais, a fim de proporcionar conforto e segurança ao colaborador para que, assim, ele apresente alta performance.
Bom, mas saber o que são riscos ergonômicos e quais são os mais comuns não é o suficiente para prevenir o problema.
Por isso, veja duas das principais medidas abordadas pela NR-17 que visam reduzir os riscos ergonômicos no ambiente de trabalho:
1. Análise Ergonômica do Trabalho
A AET, documento que já citamos, é indispensável na prevenção contra os riscos ergonômicos. Afinal, propõe soluções que objetivam proporcionar melhores condições de trabalho, otimizando a execução das tarefas laborais.
Simples ações trazidas pela Análise Ergonômica do Trabalho, como fiscalizar os móveis e garantir que eles atendam às necessidades do colaborador fazem toda diferença no cotidiano.
De tal modo, o relatório é imprescindível às empresas que estão, de fato, preocupadas com os riscos ergonômicos e querem preservar a integridade física e mental da sua equipe.
Sem a AET se torna impossível identificar e reverter os perigos.
2. Ginástica laboral
A segunda medida que é fortemente recomendada pela NR-17 é a implementação da ginástica laboral, uma vez que a atividade contribui com o fortalecimento físico e psicológico do trabalhador.
Os exercícios se baseiam em movimentos leves, mas que são essenciais ao relaxamento dos músculos e das articulações, por exemplo. Com isso, a postura melhora, bem como a respiração, o foco e a produtividade.
Além disso, a prática promove momentos de pausa, o que é de extrema valia no processo de reenergização do cérebro. Ou seja, os intervalos impactam diretamente no desempenho do profissional.
Conclusão
Para encerrar, vale a pena ressaltar o papel do gestor na adoção de ações capazes de reduzir ou eliminar os riscos ergonômicos presentes na empresa. Cabe a ele a tarefa de garantir condições adequadas de trabalho ao seu time.
Dessa forma, além de preservar a vida de seus colaboradores, permitir que eles potencializem seu rendimento e, consequentemente, os números do negócio, a atividade garante o cumprimento de uma exigência legal.
Portanto, a ergonomia é uma estratégia efetiva na redução dos índices de absenteísmo e afastamentos e na melhoria dos indicadores referentes aos resultados da empresa.
Então, se você quer ter uma equipe motivada, segura e capaz de produzir mais e de maneira otimizada e inteligente, identifique os riscos ergonômicos presentes no ambiente laboral.
Conte com o suporte de uma empresa especializada no assunto, verdadeiramente treinada e preparada para tornar o espaço de trabalho realmente adequado!